Os braços se enlaçam, o coração encontra o outro. Como se seguindo um compasso adocicado de uma nota de Strauss, os corpos se tocam e se reconhecem como únicos, embalados pelo ritmo suave da melodia que só os dois são capazes de ouvir.
As pálpebras se fecham devagar e empurram delicadamente a lágrima escondida.
Num pedido silencioso de socorro, as mãos agarram-se à pele de forma tão intensa que deixam marcas. Sinais do desespero e da esperança.
Queriam aprisionar aquele momento e nunca mais libertá-lo.
Quando a partida torna-se inevitável e a dor maltrata o coração, ainda resta o que se esperar com entusiasmo: o abraço eterno da despedida.