quarta-feira, 19 de maio de 2010
Sobre o destino
Os braços se enlaçam, o coração encontra o outro. Como se seguindo um compasso adocicado de uma nota de Strauss, os corpos se tocam e se reconhecem como únicos, embalados pelo ritmo suave da melodia que só os dois são capazes de ouvir.
As pálpebras se fecham devagar e empurram delicadamente a lágrima escondida.
Num pedido silencioso de socorro, as mãos agarram-se à pele de forma tão intensa que deixam marcas. Sinais do desespero e da esperança.
Queriam aprisionar aquele momento e nunca mais libertá-lo.
Quando a partida torna-se inevitável e a dor maltrata o coração, ainda resta o que se esperar com entusiasmo: o abraço eterno da despedida.
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6 comentários:
Perfeito...
Parece que escolhe as palavras!
"Queria aprisiona-lo aquele momento"
lindo o teu blog, clean e profundo
grandes abraços
tinha quer ter uma foto do kurt (L)
Pedidos silenciosos gritam tão alto não é mesmo?
O fato é que estamos sempre em movimento e por isso é que da partida poderemos dar início a um novo retorno.
Cadinho RoCo
Gracioso :)
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